Refletindo
sobre salmo 51
Não
te deleitas em sacrifícios nem te agradas de holocaustos, senão eu
os traria. Os sacrifícios que agradam a Deus são um espírito
quebrantado. Sl 51:16/17.
Acho
muito importante que se conheça as histórias bíblicas e dessa
forma se aprenda com os personagens. Alguns a gente conhece, analisa
as atitudes pra saber o que não se deve fazer, como no caso de Caim
e os irmãos de José; já outros devemos tentar imitar suas atitudes
em relação a Deus. Existem tantos personagens bíblicos que me
encantam por conta da forma como se relacionavam com Deus, tipo José
que mesmo sendo escravo preferiu obedecer a Deus que aos desejos de
seu próprio corpo. Gênesis 37: 7 a 9 (mas isso é pra outra
reflexão); Moisés, que pra mim “é o cara”! Já observou a
intimidade que ele tinha/ tem com o Todo Poderoso? A ponto de quando
Jesus estava andando por essas terras chama Moisés para “uma
conversinha ”, tipo amigos que se encontram normalmente pra por a
conversa em dia (que invejinha). Mas para adquirir essa intimidade,
ele antes preferiu a presença de Deus no deserto, que as riquezas do
Egito. Preferiu ficar no deserto com Deus, que na terra prometida sem
Deus. Mas essas também são coisas para outras reflexões, pois o
salmo em questão hoje é o 51. Um Salmo de Davi, homem segundo o
coração de Deus. Ele não foi livre de pecado, esse salmo é a
prova disso, pois ele o escreveu depois de ter cometido um
assassinato e adultério. Muitos devem se perguntar, como um adultero
e assassino pode ser considerado um homem segundo o coração de
Deus??? E a resposta a essa pergunta esta no coração.
Quando cai a ficha de Davi que ele tinha feito uma coisa muito ruim
(tipo péssimo, horrível – você pode escolher um adjetivo que
melhor se encaixa), ele se despenca diante de Deus. Nada mais pra ele
importa. Ele só pensa em receber o perdão de Deus. Por isso ele diz
pra Deus: “Contra ti, contra ti somente pequei e fiz o que tu
reprovas" “Lava-me e mais branco do que a neve serei”
(pedaços do Sl 51). Davi reconhecia que Ele tinha pecado, que ele
estava sujo, enlameado por conta de seus maus atos (que nem aos olhos
dos homens eram pequeno). Mas ele também sabia que Deus tinha poder
o suficiente para lava-lo de toda aquela imundice. “Lava-me de toda
a minha culpa e purifica-me do meu pecado” versículo 2. Ele
reconheceu seu erro: “pois eu mesmo reconheço as minhas
transgressões e o meu pecado esta constantemente diante de mim”
versículo 3. Ele também sabia que as consequências pelos seu
pecados eram justas, como vemos no versículo 4. E Davi abriu o seu
coração para Deus, arrependido ele pediu uma nova oportunidade de
servir a Deus com integridade novamente. Sim, poque quando nos
arrependemos de verdade, Deus não nos trata segundo o que fizemos no
passado, mas de acordo com o potencial do que podemos fazer no
futuro. Ele não ficou fixando em sua mente as coisas de errado que
ele tinha feito (que não foram poucas e nem pequenas), mas ele olhou
para o que Deus podia fazer dele. Davi não disse pra Deus, “eu sou
um assassino e adultero, não presto mais pra nada, esqueça de mim”.
Não, ao invés de Davi choramingar
vendo o que ele era, eu realmente chorou
diante de Deus vendo quem Deus era, “Misericordioso e amoroso”,
como ele mesmo descreve no primeiro versículo. E então Davi pensou
como ele poderia tentar agradar a Deus de novo...como ele poderia se
achegar a vontade na presença de Deus. Fico imaginando uma criança
de 5 anos que quebra o vaso mais delicado e de maior valor que sua
mãe exibia na sala de estar de sua casa. O vaso, era muito delicado,
então, não dá pra colar as peças, pois sua mãe perceberia. Como
conseguir “relacionar-se com sua mãe da mesma forma que se
relacionava antes de quebrar o tal vaso?” Umas crianças
começariam a se explicar para a mãe assim que a vissem chegando no
portão e tentariam por a culpa até no papagaio que estava na
gaiola, outras tentariam esconder cada caco do tal vaso e não
contariam nada a respeito até que sua mãe os “interrogassem”;
tem aquelas que prometeriam lavar o banheiro a semana inteira para
conseguir de novo que sua mãe as olhasse do mesmo jeito que olhava
antes de o vaso ser quebrado. Que tipo de criança voce é? Que tipo
de criança eu sou? Que tipo de criança Davi foi? Davi foi um filho
que conhecia o Pai que tinha. Ele sabia que não adiantava
“oferecer-se para trabalhos forçados (lavar o banheiro)” para
conseguir o olhar de seu Pai outra vez. E ele disse isso: “Não
te deleitas em sacrifícios, nem se agrada em holocaustos, senão eu
os traria” versículo
16. Mas Davi, como um filho que bem conhece o seu Pai, se achegou a
Ele com amor e ainda nos deu a receita: “os
sacrifícios que agradam ao Senhor são um espírito quebrantado, um
coração quebrantado e contrito, óh Deus, não desprezarás”
versículo
17. Rasgar o coração diante de Deus. Reconhecer que Deus pode sim
fazer uma nova Renata, todos os dias, não para que eu seja
“reconhecida”, mas para que o nome de Cristo seja exaltado em
minha vida. Essa é mais uma lição que eu aprendi com Davi.
Primeiro
passo de Davi: chegar-se até Deus.
Segundo
passo de Davi: reconhecer o seu erro
Terceiro
passo de Davi: rasgar/abrir totalmente seu coração para Deus.
Que
Deus nos abençõe.
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