terça-feira, 11 de setembro de 2012


Refletindo sobre salmo 51
Não te deleitas em sacrifícios nem te agradas de holocaustos, senão eu os traria. Os sacrifícios que agradam a Deus são um espírito quebrantado. Sl 51:16/17.
Acho muito importante que se conheça as histórias bíblicas e dessa forma se aprenda com os personagens. Alguns a gente conhece, analisa as atitudes pra saber o que não se deve fazer, como no caso de Caim e os irmãos de José; já outros devemos tentar imitar suas atitudes em relação a Deus. Existem tantos personagens bíblicos que me encantam por conta da forma como se relacionavam com Deus, tipo José que mesmo sendo escravo preferiu obedecer a Deus que aos desejos de seu próprio corpo. Gênesis 37: 7 a 9 (mas isso é pra outra reflexão); Moisés, que pra mim “é o cara”! Já observou a intimidade que ele tinha/ tem com o Todo Poderoso? A ponto de quando Jesus estava andando por essas terras chama Moisés para “uma conversinha ”, tipo amigos que se encontram normalmente pra por a conversa em dia (que invejinha). Mas para adquirir essa intimidade, ele antes preferiu a presença de Deus no deserto, que as riquezas do Egito. Preferiu ficar no deserto com Deus, que na terra prometida sem Deus. Mas essas também são coisas para outras reflexões, pois o salmo em questão hoje é o 51. Um Salmo de Davi, homem segundo o coração de Deus. Ele não foi livre de pecado, esse salmo é a prova disso, pois ele o escreveu depois de ter cometido um assassinato e adultério. Muitos devem se perguntar, como um adultero e assassino pode ser considerado um homem segundo o coração de Deus??? E a resposta a essa pergunta esta no coração. Quando cai a ficha de Davi que ele tinha feito uma coisa muito ruim (tipo péssimo, horrível – você pode escolher um adjetivo que melhor se encaixa), ele se despenca diante de Deus. Nada mais pra ele importa. Ele só pensa em receber o perdão de Deus. Por isso ele diz pra Deus: “Contra ti, contra ti somente pequei e fiz o que tu reprovas" “Lava-me e mais branco do que a neve serei” (pedaços do Sl 51). Davi reconhecia que Ele tinha pecado, que ele estava sujo, enlameado por conta de seus maus atos (que nem aos olhos dos homens eram pequeno). Mas ele também sabia que Deus tinha poder o suficiente para lava-lo de toda aquela imundice. “Lava-me de toda a minha culpa e purifica-me do meu pecado” versículo 2. Ele reconheceu seu erro: “pois eu mesmo reconheço as minhas transgressões e o meu pecado esta constantemente diante de mim” versículo 3. Ele também sabia que as consequências pelos seu pecados eram justas, como vemos no versículo 4. E Davi abriu o seu coração para Deus, arrependido ele pediu uma nova oportunidade de servir a Deus com integridade novamente. Sim, poque quando nos arrependemos de verdade, Deus não nos trata segundo o que fizemos no passado, mas de acordo com o potencial do que podemos fazer no futuro. Ele não ficou fixando em sua mente as coisas de errado que ele tinha feito (que não foram poucas e nem pequenas), mas ele olhou para o que Deus podia fazer dele. Davi não disse pra Deus, “eu sou um assassino e adultero, não presto mais pra nada, esqueça de mim”. Não, ao invés de Davi choramingar vendo o que ele era, eu realmente chorou diante de Deus vendo quem Deus era, “Misericordioso e amoroso”, como ele mesmo descreve no primeiro versículo. E então Davi pensou como ele poderia tentar agradar a Deus de novo...como ele poderia se achegar a vontade na presença de Deus. Fico imaginando uma criança de 5 anos que quebra o vaso mais delicado e de maior valor que sua mãe exibia na sala de estar de sua casa. O vaso, era muito delicado, então, não dá pra colar as peças, pois sua mãe perceberia. Como conseguir “relacionar-se com sua mãe da mesma forma que se relacionava antes de quebrar o tal vaso?” Umas crianças começariam a se explicar para a mãe assim que a vissem chegando no portão e tentariam por a culpa até no papagaio que estava na gaiola, outras tentariam esconder cada caco do tal vaso e não contariam nada a respeito até que sua mãe os “interrogassem”; tem aquelas que prometeriam lavar o banheiro a semana inteira para conseguir de novo que sua mãe as olhasse do mesmo jeito que olhava antes de o vaso ser quebrado. Que tipo de criança voce é? Que tipo de criança eu sou? Que tipo de criança Davi foi? Davi foi um filho que conhecia o Pai que tinha. Ele sabia que não adiantava “oferecer-se para trabalhos forçados (lavar o banheiro)” para conseguir o olhar de seu Pai outra vez. E ele disse isso: “Não te deleitas em sacrifícios, nem se agrada em holocaustos, senão eu os traria” versículo 16. Mas Davi, como um filho que bem conhece o seu Pai, se achegou a Ele com amor e ainda nos deu a receita: “os sacrifícios que agradam ao Senhor são um espírito quebrantado, um coração quebrantado e contrito, óh Deus, não desprezarás” versículo 17. Rasgar o coração diante de Deus. Reconhecer que Deus pode sim fazer uma nova Renata, todos os dias, não para que eu seja “reconhecida”, mas para que o nome de Cristo seja exaltado em minha vida. Essa é mais uma lição que eu aprendi com Davi.

Primeiro passo de Davi: chegar-se até Deus.
Segundo passo de Davi: reconhecer o seu erro
Terceiro passo de Davi: rasgar/abrir totalmente seu coração para Deus.
Que Deus nos abençõe.